segunda-feira, 29 de janeiro de 2018


Sananga
O Colírio Amazônico
Templo Polimata / Cadeira de Xamanismo / Caminho Verde
Por Sua Graça Sumo Grão Mestre Polimata Acarya Maha Surya Pandit Swami Arumuya Kane Satanawa Varinawa

Os índios da grande Nação Nawa, hoje separada em mais de 17 etnias, reconhecem qualquer coisa que se coloque nos olhos, no sentido de colírio como Sananga. Porém existe uma medicina especifica utilizada como colírio dentro das culturas indígenas Nawas, em que a etnia Kaxinawa (Huni Kuî) conhece como Mana Heîns, já os Yawanawas em seu dialeto e conhecido como Kanapã Vetxe Shuti.

O colírio da Sananga medicinal é extraído de uma planta brejeira em forma de arbustro, a Tabernaemontana Sananho, em que um dos princípios ativos encontrados e a Ibogaína. Através de suas raízes que são batidas com água e decocção para extrair suas propriedades. Fale apena relatar a importância da agua usada durante sua produção, infelizmente a maioria da sanangas encontradas pelo mercado foram realizadas com agua de qualidade duvidosa, em especial quando vindo de aldeias indígenas, fale a pena conhecer a sua origem, e em especial também se foi devidamente filtrada.

Visualmente a sananga varia sua coloração mediante a concentração, agua utilizada e filtragem, variando de um verde escuro meio marron até um amarelo dourado.
Em sua aplicação ocorre uma ardência que varia entre 3 minutos, mediante a questão clínica do paciente e a frequência que o mesmo utiliza. E com certeza um momento muito especial, afinal com toda a ardência ocorrida neste momento temos a realização de estarmos completamente inseridos neste aqui e agora temporal, que nada mais e importante naquele instante.

Sua aplicação está voltada em especial a doenças bacterianas existente no globo ocular de forma geral, auxiliando no tratamento ou prevenção de conjuntivite, terçol, irritações nos olhos, catarata, miopia, hipermetropia, astigmatismo, ambliopia, olhos seco, fotofobia, glaucoma, ceratocone, dores de cabeça, catarro derivante de sinusite e renite. Nossa visão fica mais precisa, clara e nítida após a aplicação. Apesar de sua contribuição a sananga não cura problema físicos existente nos olhos.

Espiritualmente e energeticamente falando ajuda a limpar o canal ocular, contribuindo para a a fluidez da percepção junto ao Chakra Ajna (3º Olho), desta forma aumenta nossa percepção e visão espiritual e sensitiva enquanto médiuns, a comprovação de expansão do campo áureo. Algumas tribos das etnias Nawas, utiliza-se da sananga para retirar a chamada Panea, que seria uma forma de energia acumulada negativa que carregamos, normalmente associada ao suco gástrico do estomago, que acumula todo o tipo de bactérias e doenças em suspensão, como também carne ingerida em putrefação, base química de medicamente e todo o tipo de lixo inserido na comida que acreditamos muitas vezes ser saudável, como a questão medical que muitas vezes destrói nossa resistência e saúde. Além de sempre esquecida química emocional que somos bombardeados diariamente em nosso dia-a-dia, como nossa relação de vida sedentária, destrutiva a nível de pensamentos e ações, colocando-nos fragilizados a nível espiritual, emocional e físico, desta forma depressivo, estressado, mau humorado, quebrado fisicamente.

Porém deve aqui relatar que o organismo indígena e mais delicado e possui uma pureza de alimentação, ambiente e qualidade de vida não encontrada dentro dos homens assim ditos civilizados, deste forma retirar a Panea através de sananga se encontra mais qualificada entre indígenas. O homem civilização possuidor de uma química ficológica moderna, necessita de outras medicinas e estímulos mais objetivos para alcançar a limpeza da panea realmente.

O fato de a Ibogaína ser um dos princípios ativos encontrados na sananga, sendo um principio ativo que provoca experiência psicoativa, pode provocar em algumas pessoas transes e rapidas visões, chamadas de mirações por algumas tradições ayahuasqueiras. Além do mais a Ibogaína auxilia no tratamento de dores crônicas e um forte estimulante afrodisíaco, trazendo uma facilitação de processo meditativos e de introspecção.

Os índios também usam a sananga quando saem para caçar, pois auxilia em muito a percepção e nitidez dentro da floresta. Através de sua aplicação podemos relatar a melhor percepção das texturas visuais, profundidade, cores mais vivas o que auxilia o caçador em sua busca visual dentro da floresta em busca da presa.

Acredita-se que exista uma relação indireta da sananga com o auxilio em algumas doenças psicossomáticas, sendo os olhos nossas janelas para a percepção deste mundo e a nossa necessidade de ver nosso inimigo para podermos assim empreender nossa luta, e natural que esta medicina nos auxilia na percepção do mundo em nossa volta trazendo realização a nível espiritual, emocional e físico.

O espirito da sananga que é um shanovo (espirito da floresta) tem como processo de medicina o refinamento da visão espiritual, assim para que possamos enxergar a verdade que se encontra a nossa volta e muitas vezes nossa cegueira pessoal e limitante não os permite visualizar e deslumbrar a beleza que existe a nossa volta.

Indicação
Doenças bacterianas existente no globo ocular de forma geral, auxiliando no tratamento ou prevenção de conjuntivite, terçol, irritações nos olhos, catarata, miopia, hipermetropia, astigmatismo, ambliopia, olhos seco, fotofobia, glaucoma, ceratocone, dores de cabeça, catarro derivante de sinusite e renite.

Aplicação.
2 à 3 gotas a cada olho
Atenção para não esfregar as mão nos olhos devido ao ardência, pois não ira auxiliar, pelo contrário provocara mais ardência.

Contraindicação
Não devemos utilizar sananga após cirurgias oculares ou em caso de ferimentos ocorridos.

Irmandade Polimata

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