sexta-feira, 31 de maio de 2019

XANGÔ
Não se pode falar em Xangô  sem que antes se faça uma apertada síntese sobre aquilo que se entende sobre karma e dharma. Karma, essencialmente, significa ação, e para essa linha de pensamento vamos considerar que o karma é uma ação que gera uma reação negativa, de modo simplificado. Por sua vez, o dharma é uma ação que contribui para a evolução de um espírito e do coletivo. 
O trono divino comandado pelo orixá Xangô é o da Justiça, e seus elementos sãoTerra e Fogo.  Esse primeiro elemento é seu pois está relacionado a plantio e colheita, ou seja, à imagem de ação e reação que relacionamos à esse trono, aqui representada pela semente jogada na terra que irá gerar uma semeadura e, posteriormente, sua colheita. Diretamente relacionado com o mundo mineral, que simboliza a firmeza e determinação dos rochedos, também esse elemento representa as pedreiras sob as quais Ele se assenta e de onde comanda sua balança divina. 

É notório que a razão sempre se relacionou com esse instrumento, que ostenta estreitamente a força do equilibrio e da eqüidade, consequencias diretas da aplicação da Justiça Divina, e por isso representa com excelencia a atuação desse orixá. Cada ação do ser humano, sendo ela kármica ou dhármica, é transformada em uma pedra de peso equivalente e colocada por Xangô no lado correspondente à ação humana, ao passo que uma pedra de igual peso é colocada no outro, representando a reação do universo que mantém o equilibrio e a paridade no cosmos. Dessa forma, a balança está sempre equilibrada de forma neutra, e as pedras colocadas no lado da atuação reativa divina atingirão aquele ser como um raio.

raio, também ligado a Ele, da mesma forma como acontece com Iansã, representa uma ação divina fulminante que destrói e transforma ao mesmo tempo, misto de luz e fogo. Ligado a purificação, renovação e consequencia divina, a fogueira de Xangô é popularmente lembrada na forma sincrética que o orixá tem no Brasil com São João. Nos meses de junho, são acendidas fogueiras para que, assim como nas festas católicas, esse elemento seja lembrado, louvado e celebrado.

Sua outra ferramenta é o machado de dois gumes, conhecido como Oxê, esse também representando a neutralidade e polaridade das ações humanas e da reação divina. As laminas do Oxê são iguais para os dois lados, o que denota que apesar de Ele ser o grande Senhor da Justiça, não possui a qualidade de julgamento da forma humana como a conhecemos, no sentido de fazer juízos de valor de forma mesquinha. Sendo dessa forma, aqueles irradiados sob sua proteção jamais conhecerão o sabor de sofrer uma injustiça, ainda que isso nao fique claro em todos os momentos da trajetória de um indivíduo, e por esse motivo a fé do filho de Xangô deve permanecer inabalável e, ainda que ele não enxergue todo o desenlace de uma história, deve confiar nos olhos dEle.

Estando dentro do campo vibracional regido por uma lei suprema, o indivíduo terá  suas faltas igualmente contabilizadas, pois esse orixá é mestre em ensinar o discernimento e manter seus filhos dentro da linha da evolução. Ele assim o faz demonstrando claramente aconsequencia de cada ato realizado e que, para ser beneficiário da Justiça, é preciso também se submeter a ela de forma igual, afastando de toda sorte a hipocrisia de cobrar aquilo que não se oferece.
Assim como Oxossi, em alguns momentos Xangô é representado com umleão ao seu lado. Nesse momento, o rei da selva representa a sua força, sabedoria, nobreza e autoridade máxima, pois, assim como no reino animal ninguém está acima do leão, também na vida ninguém é maior do que as leis de Deus. Por outro lado, da mesma forma  como ocorre no arquétipo da Força no tarot, Xangô é capaz de amansar o leão dentro de cada um de nós. Aquele que, quando se sente injustiçado, pode perder o temperamento calmo, rugindo internamente numa demonstração desequilibrada dessa qualidade de força, mas que, quando aliado ao Pai, pode recuperar sua calma e establidade para agir de forma sábia e justa, confiando e se entregando a intercessão divina do orixá.

Ritual de Louvor aos Orixás - Xangô 

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MAIS INFORMAÇÕES:

Estudo do Clã dos Ioshins - Parte I - O Caminho Verde

Nossas mais humildes reverências! Neste vídeo aula, nosso Mestre Acarya Maha Surya Pandit Swami fala sobre o Caminho Verde dentro do xamanismo. O Clã dos Ioshins é um grupo de estudos dentro do caminho da Gnose Vegetal, ministrado por nosso Mestre Nuno e Mestra Iara. Haux!

terça-feira, 21 de maio de 2019

RITUAL DE UNI
Caminho Verde
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Os rituais xamânicos do Caminho Verde,também conhecidos como Rituais de Uni em nosso Templo, tem como base principal o
xamanismo brasileiro, com curas e ensinamentos provenientes dos pajés (arumuyás) de diversas tribos amazônicas.
Realizamos cantorias em línguas nativas, roda de rapés e sananga produzidos artesanalmente pela Medicinas da Jiboia.
Fazemos a consagração da Sagrada MedicinaAyahuasca para uma profunda imersão ao autoconhecimento e também, para receber curas e ensinamentos de nossas questões pessoais relacionadas aos principais pilares de nossas vidas - Espiritual, Material e Emocional. 

Os rituais de Uni acontecem mensalmente nosTemplos de MairiporãCampinas e Boituva,passando também por missões em outras cidades. 
Os rituais começam no sábado à noite, podendo durar a madrugada toda, encerrando por volta de 3h30 da manhã de domingo. 
Para quem estiver chegando agora e quiser saber mais sobre os rituais com ayahuasca, como os preparativos pré-ritual, o que trazer, ou outras dúvidas adicionais, clique aqui.

segunda-feira, 20 de maio de 2019

Ritual de Uni / Xamanismo com Ayahuasca

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Sábado- 25 de Maio
Os rituais xamânicos do Caminho Verde, também conhecidos em nosso Templo como Rituais de Uni, tem como base o xamanismo amazônico brasileiro, contando com a medicina do rapé, do kambô, da sananga e a bebida sagrada Uni (ayahuasca), conectando as curas e ensinamentos provenientes dos pajés (Arumuyás) de diversas tribos amazônicas.

Temos como base ritualística o conhecimento aprendido diretamente através da vivencia com as tribos, por meio de seus pajés e curadores. Sendo assim, a condução da nossa cerimonia é fundamentada dentro de quatro tradições ancestrais principais:

-Povo Noke kuin / Katukina
-Povo Shanenawa
-Povo Huni-Kuin / Kaxinawá
-Povo Shawãdawa

Por isso convidamos aos buscadores para mergulhar nas profundezas espirituais da floresta, conectando as raízes de nossa própria natureza interior, reconhecendo a divindade contida nos mistérios que são revelados, através do conhecimento original da medicina.

Haux haux!

Mais Informações em:

sexta-feira, 17 de maio de 2019

ॐ Śrī Nṛsiṃha Caturdaśī - Satsaṅgas ao Matador de Demônios


Todas as Glórias à Śrī Guru Mahārāja Ācārya Mahāsūrya Paṇḍita Svāmī!
Todas as Glórias à Śrī Mahādeva!
Todas as Glórias à Śrī Bhagavan!
Todas as Glórias à Śrī Śakti Devī!
Todas as Glórias à Śrī Prahlāda Mahārāja!
Todas as Glórias à Śrī Śrī Nṛsiṁhadeva!



नृसिंह अभयमन्त्र
nṛsiṁha abhayamantra 
Invocação da superação do medo (abhaya) de Prahlāda à Śrī Nṛsiṃha, presente no Śrīmad Bhāgavatam (Canto V, 18.8)

ॐ नमो भगवते नरसिंहाय
नमस् तेजस्-तेजसे ऽविराविर्भव
वज्रनख वज्रदंष्ट्र कर्माशयान्
रन्धय रन्धय तमो ग्रस ग्रस ॐ स्वाहा 
अभयम् अभयम् आत्मनि भूयिष्ठा ॐ क्ष्रौम् 

au namo bhagavate narasiṁhāya
namas tejas-tejase’vir-āvirbhava
vajranakha vajradaṁṣṭra karmāśayān
randhaya randhaya tamo grasa grasa au svāhā.
abhayam abhayam ātmani bhūyiṣṭhā au kṣraum.

“Ofereço minhas humildes reverências ao Senhor Nṛsiṃha, a fonte de todo o poder. Ao Senhor que possui garras e presas que são como raios, peço humildemente que derrote nossos desejos demoníacos por atividades fruitivas neste mundo material. Peço humildemente que surja em nossos corações e varra a ignorância para que, através de Vossa misericórdia, possamos transcender o medo na luta pela existência neste mundo material.”

Neste mês de maio, no Templo Polimata, celebraremos a grandiosa Nṛsiṃha Caturdaśī em nossos Satsaṅgas em nossos Templos em Boituva, Mairiporã, Campinas e Jundiaí. Trata-se do advento (aparecimento) de Śrī Bhagavan Nārasiṃha, o venerável protetor dos devotos, o grande matador de demônios.
Śrī Nṛsiṃha (onde nṛ/nāra = homem; siṃha = leão, em sânscrito), é a quarta encarnação de Śrī Viṣṇu, e personifica a Ira Divina. É conhecido como o grande protetor dos devotos de coração puro dentro do caminho transcendental vaiṣṇava.

Nīlacakra, representação do Senhor Nārasiṃha no topo do Templo de Śrī Jagannātha, em Purī.

Sua manifestação se deu a partir do desequilíbrio cósmico causado pelo rei-demônio Hiraṇyakaśipu (hiraṇya = feito de ouro, dourado; kaśipu = assento), um ser provido de enorme ganância e insaciável anseio pelos prazeres mundanos, que se tornou incrivelmente poderoso a partir de grandes austeridades meditativas realizadas à Śrī Brahmā.
Seu irmão mais velho, o demônio Hiraṇayakṣa (“aquele que tem os olhos dourados”) já havia realizado o mesmo processo anteriormente, adquirindo poderes que permitiram-no conquistar o céu e aterrorizar a Mãe Terra. Assim, Hiraṇayakṣa teve de ser aniquilado por Śrī Vārāha, o javali - a terceira encarnação de Śrī Viṣṇu.
Quando Hiraṇyakaśipu parte para iniciar seu processo de austeridades à Śrī Brahmā, sua esposa, Kayādu, é raptada pelo Senhor Indra, o Senhor da Tempestade, rei dos céus e inimigo dos asuras, raça de Hiraṇyakaśipu. Nārada Muni, famoso sábio do Sanātanadharma, então intervém e acolhe moça, que gerava um filho em seu ventre.
Enquanto cuidava de Kayādu, Nārada cantava constantemente o Santo Nome de Śrī Viṣṇu, como de costume. Percebeu então que a criança, ainda em gestação, respondia ao processo devocional (bhakti) por ele praticado. Estava ali plantada uma semente, no coração do bebê Prahlāda (cujo nome pode ser livremente traduzido do sânscrito como alegria, felicidade).
Neste meio tempo, Hiraṇyakaśipu concluiu suas austeridades e recebeu a visita de Śrī Brahmā, que lhe oferece uma bênção sob a forma de um desejo.
De princípio, pede à Śrī Brahmā o dom da imortalidade. Porém, uma vez que o próprio Senhor Brahmā não é imortal, o mesmo não poderia conceder tal pedido.
Assim, com o objetivo de alcançar virtualmente a imortalidade, o asurasolicitou uma série de particularidades para proteger-se, não podendo ser morto por nenhuma entidade criada por Śrī Brahmā ou pelas mãos de nenhum demônio, semideus ou animal, nem de dia, nem à noite, nem dentro, nem fora de nenhuma residência, não podendo estar no chão, nem no ar, ou virado face a nenhuma das quatro direções, por nenhuma arma de metal ou por efeito de nenhum tipo de veneno.
Assim, Hiraṇyakaśipu conquistou os três planos: bhū (o plano físico), bhuvāḥ(o plano astral) e svaḥ (o plano celestial), subvertendo a ordem natural, autoproclamando-se supremo e exigindo devoção por parte de todas as entidades.
Na contramão de todo o caos instaurado pelo asura, o jovem Prahlāda se encontra no processo transcendental junto à Śrī Viṣṇu, negando devoção ao pai-demônio. Tal ato provoca a ira de Hiraṇyakaśipu, que decide ceifar a vida de seu filho. Em diversas oportunidades, ordena atentados contra a criança santa que, entoando o nome de Śrī Nārayaṇa, era agraciada com uma bênção que o livrava do perigo, como, por exemplo, sob o estouro de uma manada de elefantes, à beira de um penhasco, em alto mar ou numa grande pira incandescente.
Consternado com o insucesso das várias investidas, Hiraṇyakaśipu decide por assassinar a criança ele mesmo. Numa tentativa de intimidar Prahlāda, o asura exibe diversas armas místicas de grande poder, ordenando que o menino renunciasse à sua fé em Śrī Viṣṇu e se prostrasse a seus pés. Este, inabalável, reafirma decididamente sua devoção, explicando que não temia o demônio, pois Śrī Viṣṇu já o havia protegido inúmeras vezes. Disse que, inclusive, o mesmo era onipresente e que estava ali, naquele momento, para protegê-lo uma vez mais.
Hiraṇyakaśipu não compreende a afirmação de Prahlāda e aponta para uma pilastra, questionando, incredulamente, se ali também se encontrava Aquele que tudo permeia (Śrī Viṣṇu). O menino responde afirmativamente e, então tomado pela ira, o asura quebra a estrutura. Desta, materializa-se Śrī Nṛsiṃha.
Ao se deparar com Deus, encarnado em uma forma metade leão, metade homem, não criada por Śrī Brahmā, Hiraṇyakaśipu realizou sua desgraça. O combate foi deflagrado ao crepúsculo, que não se enquadra nem como dia, nem como noite.
 Rapidamente Śrī Nṛsiṃha surra o demônio até levá-lo para o meio de uma janela, que permite a ambos não estarem nem dentro e nem fora da residência. Assim, posiciona o asura sobre seu joelho e mirando o céu, já que esta não poderia ser morto nem no chão, nem no ar, nem voltado para nenhuma das quatro direções.
Finalmente, considerando que Hiraṇyakaśipu não poderia ser morto por nenhuma arma ou veneno, Śrī Nṛsiṃha o estripa com suas dilacerantes garras leoninas.
Por fim, Śrī Nṛsiṃha transforma-se em Śrī Viṣṇu e abençoa Prahlāda, coroando-o soberano do reino conquistado pelo pai-demônio.
Assim, a encarnação do Deus-Leão nos ensina o valor da verdadeira fé, aquela que transcende os desejos e perigos e ilusões do mundo material, e que é capaz de iluminar e firmar o coração dos homens no caminho do amor, até nas mais obscuras adversidades.
Sobre sua iconografia, de acordo com o Vihagendra Samhitā (4.17), Deus-Leão possui mais de setenta formas diferentes, das quais nove são destacadas:
1.     Ugra-Nṛsiṃha: o feroz, em sânscrito. É representado sentado, e pode estar dilacerando o corpo de Hiraṇyakaśipu sobre seu colo;



2.     Krodha-Nṛsiṃha: o irado, em uma mistura com Śrī Vārāha. Aparece com os dentes extrudidos, segurando a Mãe Terra entre seus dentes;


3.     Malola-Nṛsiṃha: “o amante da Deusa”, uma de suas formas mais calmas, representado com Śrī Lakṣmī em seu colo;


4.     Jvālā-Nṛsiṃha: “em chamas”. Similar à Ugra-Nṛsiṃha, porém dotado de oito braços, nos quais dois seguram o asura, dois dilaceram seu estômago, dois seguram os intestinos do mesmo como uma guirlanda e os dois remanescentes seguram śaṅkha (a concha) e cakra (o disco);


5.     Vārāha-Nṛsiṃha: representado ao lado de Śrī Vārāha, em um híbrido com aspecto abstrato.

6.     Bhārgava-Nṛsiṃha: similar à Ugra-Nṛsiṃha, concedeu uma importante bênção à Śrī Paraśurāma, a quinta encarnação de Śrī Viṣṇu;



7.     Karanja-Nṛsiṃha: referente a um passatempo de Śrī Hanumān, que executou um sacrifício sob uma árvore Karanja para obter uma visão mística do Senhor Rāma, a sexta encarnação de Śrī Viṣṇu. Possui um arco e detalhes humanos em seu rosto;


8.     Yogānanda-Nṛsiṃha: retratado em postura ióguica, remete aos ensinamentos referentes à meditação passados para Prahlāda;


9.     Pāvana-Nṛsiṃha: o purificador, encontra-se sentado com śaṅkha (a concha) e cakra (o disco).

Invocações Mântricas
श्रीनृसिंह महामन्त्र

śrī nṛsiṁha mahāmantra
औं उग्रं वीरं महाविष्णुं
ज्वालान्तं सर्वतो मुखम् 

नृसिंहं भीषनं भद्रं
मृत्युर् मृत्युं नमाम्यहम् 

auṃ ugraṃ vīraṃ mahāviṣṇuṃ
jvālāntaṃ sarvato mukham 

nṛsiṃhaṃ bhīṣaṇaṃ bhadraṃ
mṛtyur-mṛtyuṃ namāmyaham 

Reverencio-me à furiosa e mais intrépida personalidade daquele que tudo permeia, cujo fogo e o calor estão por toda parte, o Homem-leão, que é terrível e auspicioso, a morte da própria morte.

श्रीनृसिंह प्रणाम
śrī nṛsiṁha praṇāma – mantra de reverência à Śrī Nṛsiṃha

नमस्ते नरसिंहाय 
प्रह्लादह्लाददायिने 
हिरण्यकशिपोर् वक्षः 
शिलाटङ्क नखालये 

namaste narasiṁhāya 
prahlādahlādadāyine 
hiraṇyakaśipor vakṣaḥ 
śilāṭaṅka nakhālaye 

इतो नृसिंहः परतो नृसिंहो 
यतो यतो यामि ततो नृसिंहः 
बहिर् नृसिंहो हृदये नृसिंहो 
नृसिंहं आदिं शरणं प्रपद्ये 

ito nṛsiṃhaḥ parato nṛsiṃho 
yato yato yāmi tato nṛsiṃhaḥ 
bahir nṛsiṁho hṛdaye nṛsiṃho 
nṛsiṁhaṃ ādiṃ śaraṇaṃ prapadye 

तव करकमलवरे नखम् अद्भुतश्र्ङ्गं ।
दलितहिरण्यकशिपुतनुभृङ्गम् 
केशव धृतनरहरिरूप जय जगदिश हरे 

tava karakamalavare nakham adbhutaśrṅgaṃ 
dalita-hiraṇyakaśipu-tanu-bhṛṅgam 
keśava dhṛtanaraharirūpa jaya jagadiśa hare 

जय नृसिंहदेव जय नृसिंहदेव
जय नृसिंहदेव जय नृसिंहदेव ।
जय प्रह्लादमहरज जय प्रह्लादमहरज
जय प्रह्लादमहरज जय प्रह्लादमहरज ॥

jaya nṛsihadeva jaya nṛsihadeva
jaya nṛsihadeva jaya nṛsihadeva 
jaya prahlāda mahārāja  jaya prahlāda mahārāja
jaya prahlāda mahārāja  jaya prahlāda mahārāja 


“Reverencio-me ao Senhor Nṛsiṁha, que abençoa Prahlāda e cujas garras são cinzéis sobre pedra, no peito de Hiraṇyakaśipu.
O Senhor Nṛsiṁha está em todo lugar, onde quer que se vá. Está dentro e fora do coração. Rendo-me ao Senhor Nṛsiṁha, a origem de todas as coisas e o Refúgio Supremo.
Ó, Keśava (aquele que tem longos cabelos, ou uma juba), Senhor do Universo. Todas as Glórias, Ó Hari, Aquele que assumiu a forma metade homem, metade leão. Como se pode facilmente esmagar uma vespa nas mãos, o corpo de Hiraṇyakaśipu foi dilacerado por suas afiadas garras em suas belas mãos de lótus.
Todas as Glórias ao Senhor Nṛsiṁha
Todas as Glórias ao Senhor Prahlāda Mahārāja”.

श्रीनृसिंह गायत्री
śrī nṛsiṃha gāyatrī – mantra de invocação da Deidade

ॐ वज्रनखाय विद्महे
तिक्ष्णदंष्ट्राय धीमहि ।
तन्नो नारसिंहः प्रचोदयात् ॥

au vajra-nakhāya vidmahe
tikṣṇa-daṃṣṭrāya dhīmahi 
tanno nṛsiṃhaḥ pracodayāt 

“Meditamos no naquele cujas garras são como raios, contemplamos aquele cujas presas são muito afiadas.
Reverenciamo-nos ao homem-leão, para que nos ilumine com sabedoria”.

श्रीनृसिंह बीजगयत्रि

śrī nṛsiṃha bījamantra – manta de repetição que contém o fonema seminal da Deidade
ॐ क्ष्रौं नारसिंहाय नमः
॥ au kṣraum nārasihāya namaḥ 

“Reverencio-me ao homem-leão”.

- Sobre o bīja kṣraum: é um som seminal do Deus-leão, cuja força reside invoca a superação do medo diante das situações mais obscuras, como também a liberação de energia reprimida e a destruição de poderes demoníacos.

Mais informações e ingressos antecipados no Site da Ordem Polimata.
Acompanhe nossos eventos pelo Facebook através da página Agenda Polimata.

Todas as Glórias à Śrī Guru Mahārāja Ācārya Mahāsūrya Paṇḍita Svāmī!
Todas as Glórias à Śrī Śrī 
Nṛsiṁhadeva!

Minhas mais humildes, sinceras e profundas reverências,

Yuri D. Wolf.
सङ्कटमोचन