terça-feira, 27 de fevereiro de 2018




XANGÔ

Não se pode falar em Xangô  sem que antes se faça uma apertada síntese sobre aquilo que se entende sobre karma e dharma. Karma, essencialmente, significa ação, e para essa linha de pensamento vamos considerar que o karma é uma ação que gera uma reação negativa, de modo simplificado. Por sua vez, o dharma é uma ação que contribui para a evolução de um espírito e do coletivo.
O trono divino comandado pelo orixá Xangô é o da Justiça, e seus elementos são Terra e Fogo.  Esse primeiro elemento é seu pois está relacionado a plantio e colheita, ou seja, à imagem de ação e reação que relacionamos à esse trono, aqui representada pela semente jogada na terra que irá gerar uma semeadura e, posteriormente, sua colheita. Diretamente relacionado com o mundo mineral, que simboliza a firmeza e determinação dos rochedos, também esse elemento representa as pedreiras sob as quais Ele se assenta e de onde comanda sua balança divina.

É notório que a razão sempre se relacionou com esse instrumento, que ostenta estreitamente a força do equilibrio e da eqüidade, consequencias diretas da aplicação da Justiça Divina, e por isso representa com excelencia a atuação desse orixá. Cada ação do ser humano, sendo ela kármica ou dhármica, é transformada em uma pedra de peso equivalente e colocada por Xangô no lado correspondente à ação humana, ao passo que uma pedra de igual peso é colocada no outro, representando a reação do universo que mantém o equilibrio e a paridade no cosmos. Dessa forma, a balança está sempre equilibrada de forma neutra, e as pedras colocadas no lado da atuação reativa divina atingirão aquele ser como um raio.

O raio, também ligado a Ele, da mesma forma como acontece com Iansã, representa uma ação divina fulminante que destrói e transforma ao mesmo tempo, misto de luz e fogo. Ligado a purificação, renovação e consequencia divina, a fogueira de Xangô é popularmente lembrada na forma sincrética que o orixá tem no Brasil com São João. Nos meses de junho, são acendidas fogueiras para que, assim como nas festas católicas, esse elemento seja lembrado, louvado e celebrado.

Sua outra ferramenta é o machado de dois gumes, conhecido como Oxê, esse também representando a neutralidade e polaridade das ações humanas e da reação divina. As laminas do Oxê são iguais para os dois lados, o que denota que apesar de Ele ser o grande Senhor da Justiça, não possui a qualidade de julgamento da forma humana como a conhecemos, no sentido de fazer juízos de valor de forma mesquinha. Sendo dessa forma, aqueles irradiados sob sua proteção jamais conhecerão o sabor de sofrer uma injustiça, ainda que isso nao fique claro em todos os momentos da trajetória de um indivíduo, e por esse motivo a fé do filho de Xangô deve permanecer inabalável e, ainda que ele não enxergue todo o desenlace de uma história, deve confiar nos olhos dEle.

Estando dentro do campo vibracional regido por uma lei suprema, o indivíduo terá  suas faltas igualmente contabilizadas, pois esse orixá é mestre em ensinar o discernimento e manter seus filhos dentro da linha da evolução. Ele assim o faz demonstrando claramente a consequencia de cada ato realizado e que, para ser beneficiário da Justiça, é preciso também se submeter a ela de forma igual, afastando de toda sorte a hipocrisia de cobrar aquilo que não se oferece.
Assim como Oxossi, em alguns momentos Xangô é representado com um leão ao seu lado. Nesse momento, o rei da selva representa a sua força, sabedoria,  nobreza e autoridade máxima, pois, assim como no reino animal ninguém está acima do leão, também na vida ninguém é maior do que as leis de Deus. Por outro lado, da mesma forma  como ocorre no arquétipo da Força no tarot, Xangô é capaz de amansar o leão dentro de cada um de nós. Aquele que, quando se sente injustiçado, pode perder o temperamento calmo, rugindo internamente numa demonstração desequilibrada dessa qualidade de força, mas que, quando aliado ao Pai, pode recuperar sua calma e establidade para agir de forma sábia e justa, confiando e se entregando a intercessão divina do orixá.

IANSÃ
Com uma alfange na cintura, instrumento de corte de cereais e ervas, tipicamente relacionado à colheitas e figuras que ceifam a vida, a senhora dos mortos e dos eguns não é relacionada ao companheirismo com Ogum e Xangô por acaso.

Iansã se irradia principalmente através do elemental ar, que rege os campos da Lei Divina, nos quais polariza com Ogum de forma eólica e espiralada. Essa irradiação tem o condão de sugar e magnetizar o ser que precisa ser redirecionado  para a senda dentro da Lei, consumindo e esgotando a carga negativada daqueles perdidos em vícios e insensibilidade. Dessa forma, coloca-os dentro de um redemoinho ou um furacão, de acordo com a necessidade de cada um, e depois devolve-os para a linha reta traçada por Ogum para que cada ser alcance sua evolução.   

Também em parceria, trabalha com Xangô de forma assentada, imutável, através do elemento fogo, regendo os campos da Justiça, companheira inseparável da Lei. A Lei Divina, sob a tutela de Iansã, nao é punitivista ou vingadora despropositadamente, mas direcionadora e revitalizadora. Nesse aspecto, temos o magnetismo que se manifesta na natureza como as tempestades. Quando companheira de Xangô, é a Senhora dos Raios.

Os relâmpagos e trovões tutelados por essa Orixá simbolizam uma carga energética de fogo e luz vindo em grande densidade do plano divino, podendo ser entendidos como uma das vozes de Deus em sua cólera e poder destrutivo e fulminante, mas também  como indicativo de que a Justiça reina na terra e se comunica com os céus, uma vez que o raio, tecnicamente, surge da terra e e aí sim sobe para a atmosfera.

 É preciso conceber a idéia de Justiça implacável sem desconsiderar que Iansã, ainda que guerreira, de ação súbita, capaz de descargas violentas de energia, ainda é uma das Mães divinas e portanto a todos ampara debaixo de seu magnetismo. Ela lança grandes quantidades de energia da mesma forma que o machado de Xangô, que possui dois gumes, duas polaridades, uma que destrói e outra que transforma.  Da mesma maneira que o vento se forma na terra habitada fazendo subir o ar quente e velho e trazendo ar novo e fresco, também o raio movimenta finais e inícios sagrados. 
Comumente ligada ao bisão (animal também conhecido como búfalo), em sua forma animal representa a coragem feminina, impetuosidade, força de ataque e fartura.  A mulher-búfalo também é aquela possuidora de chifres, e que assim porta igualmente um dos maiores simbolos de nobreza, divindade, energia, força de comando e sacríficio divino.

Quando não representada como animal, carrega o chifre de búfalo na cintura, de maneira que esse aspecto de sacrifício divino, destruição de negatividades e coragem para faze-la são os aspectos que possivelmente podem ser trabalhados quando se é irradiado por Iansã. Também ela tem o condão mágico de nos elucidar a respeito do que é a Lei Divina e sua justiça, uma vez que não raro acontece de nossa concepção do justo ser diferente daquela referida pelo divino.  
Texto: Beatriz Mazzini
 Foto da nossa Aula de Musica, que aconteceu no dia do nosso ultimo Satsanga, do dia 24/02.

Agradecemos a presença e o carinho de Victor Veiga, principal Músico da Irmandade Polímata.
 

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Ritual dos Orixás Iansã e Xangô



Ritual dos Orixás com Ayahuasca, esse mês homenageando Iansã e Xangô.
Em busca de conhecimento, realização espiritual em nosso caminho e conexão junto aos nossos amados Orixás.
Epahey Oyá!
Kaô Kabecilê!

Valor para Visitantes: 120,00
Saiba mais sobre nossos rituais aos Orixás >>
www.ordempolimata.com.br/ritual-orixas-campinas

RECOMENDAÇÕES 
Antes de frequentar os rituais do Templo, recomendamos que evite consumir carnes e bebidas alcoólicas por um período de no mímino 24 horas. Venha com roupas quentes e confortáveis, de preferência roupas brancas. Para o seu conforto, traga cobertores, colchonetes de camping ou sacos de dormir e travesseiros. 
Dúvidas Frequentes >> www.ordempolimata.com.br/duvidas

LOCAL E INFORMAÇÕES
Templo Polimata Campinas - SP
Rua Amélia Rodrigues de Figueiredo, 850
(antiga rua Peroba pelo Waze)
- Chácara Vale das Garças - Campinas 
Telefone do Templo: (19) 3287 1287 
(11) 99801-6255 (WhatsApp)

Ritual dos Guardiões de Esquerda com Ayahuasca

 
São eles que fazem a ponte entre nós e os Orixás. São eles que permanecem sempre conosco e nos fortalecem.
Um momento para saudar nossos Guardiões, em um gesto de amor e respeito e trazê-los para perto de nós. Buscar uma conexão e uma parceria de evolução mútua.
Saravá
Laroye

RECOMENDAÇÕES
Antes de frequentar os rituais do Templo, recomendamos que evite consumir carnes e bebidas alcoólicas por um período de no mímino 24 horas. Venha com roupas quentes e confortáveis, de preferência roupas brancas. Para o seu conforto, traga cobertores, colchonetes de camping ou sacos de dormir e travesseiros. 
Dúvidas Frequentes >> www.ordempolimata.com.br/duvidas 
Valor: 80,00

LOCAL E INFORMAÇÕES
Templo Polimata Campinas - S
P
Rua Amélia Rodrigues de Figueiredo, 850
(antiga rua Peroba pelo Waze)
- Chácara Vale das Garças - Campinas
Telefone do Templo: (19) 3287-1287
(11) 99801-6255 (WhatsApp)

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Penas Sagradas

Sou uma pena para cada vento que sopra. 
-Shakespeare, Conto de Inverno.
Símbolos sagrados que ligam o Céu e a Terra, objetos mágicos de cura e proteção, membros essenciais de um voo ou, simplesmente, enfeites, presentes, objetos de contemplação, as penas são elementos divinos que conectam nossas almas ao elemento superior, através da leveza e pureza do Ar,
    Em, praticamente, todas as culturas tradicionais da Terra, e até algumas mais modernas, as penas são aliados fundamentais daquele que empreende sua "jornada xamânica". Como uma mensagem do grande espirito ou como um objeto de poder as penas podem curar, aconselhar e auxiliar o praticante, seu poder inerente vem do elemento Ar, através dos pássaros (símbolos de liberdade, coragem, determinação e leveza) elas alcançam o mais alto céu, cortam nuvens, chegam mais perto das estrelas do que a maioria de nós e sempre voltam a Terra de onde nasceram, onde habitam, suas raízes.

    Sua forma, suas cores e o animal de onde ela vem nos dão pistas de sua medicina, da mensagem decodificada que as acompanham, por exemplo, quanto as cores; Brancas: são símbolo de purificação, amor, pureza, vida nova e inocência; Pretas: símbolo de sabedoria mística advinda da iniciação espiritual. Também podem ser um aviso de saúde debilitada, morte ou transição imediata; Verdes: Trazem a renovação, novas direções e crescimento; Amarelas: Simbolizam a alegria, atenção mental, prosperidade, o sol, o masculino. Esses são só alguns exemplos, podendo elas serem das mais variadas cores inclusive com mais de uma cor ou iridescentes (com reflexos de cores brilhantes)

    Dentre a simbologia do totem animal temos alguns exemplos como a Coruja: Sabedoria interior, "ver no escuro", relação com o feminino, com os mistérios e o principio do yin; Águia: Agilidade, força, coragem, associada a energia masculina e o principio do yang, pelo seu poder inerente esse tipo de ave é muito sagrada em diversas culturas; Pavão: Um símbolo de proteção ou clarividência, também um simbolo do amor e do prazer sensual; Gaivota: Paz, serenidade, eternidade.
     De cultura para cultura a decodificação desses arquétipos podem variar um pouco, mas costumam se complementar ou têm uma ligeira diferenciação, no final quem vai dar a palavra final a mensagem que aquele presente divino carrega é o espirito, a situação em que a pessoa se encontra no momento o que esta passando pelo seu psiquê, e o que o grande espirito esta precisando contar ou reforçar.
  
    Muitas são as mensagens que podem chegar através de uma pena, mensagem mística do espirito, mensagem de cura e transformação, mensagem de liberdade, entrega e beleza, mensagem de determinação, força e coragem, muitas são as pessoas, os amores, os momentos que podem chegar através de uma pena, muitos são os lugares, as praias, as montanhas, as florestas que podem vir come uma pena, muitos são os estados mentais que podem se atingir com uma pena, através dessa ligação mágica entre o Céu e a Terra, através do voo livre no infinito recebemos um presente do universo que carrega um poder e uma fala especial para cada um de nós.
    Em qualquer lugar elas podem chegar, não importa se o local tem ou não pássaros, quando a mensagem precisa ser passada ela chegará ao destino, basta a nós estar atentos, aceitar e se entregar ao momento.
    Voe alto com suas penas ! Medite com uma delas na mão escute o que ela tem para te dizer, para te mostrar. mesmo que seja o imenso vazio, o plano aberto para se alçar os maiores voos, fique atento aos presentes que o universo nos dá. Viva os pássaros e suas majestosas danças no céu, vivam suas penas, mensagens divinas do espirito !

[MEDICINAS DA JIBOIA] FEITIO DE MEDICINAS DO ACRE

O vídeo é curto, mas tem um recado especial, principalmente para as pessoas que gostam de rapés bem fortes!
Trata-se de nossas atividades de feitio 100% efetuadas no Acre.
É um passo importantíssimo para o MDJ e para todos vocês que nos prestigiam.
Esperamos que gostem do vídeo, da notícia, enfim, dessa novidade e nos encontramos em breve em mais um vídeo.
Haux!

Medicinas Da Jiboia

www.medicinasdajiboia.com.br o maior site de rapés e medicinas do mundo, parte do valor arrecadado vai para as tribos do Acre, como os Shanenawas, os Katukinas, os Kaxinawas...

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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Satsaṅga com Ayahuasca à Śrī Śiva e Śrī Pārvatī


Satsaṅga à Śrī Śiva e Śrī Pārvatī
Templo Polimata Mairiporã
Sábado | 24.02 | 19h

Todas as Glórias à śrīla Guru Mahārāja Ācārya Mahāsūrya Paṇḍita Svāmī!
Todas as Glórias à śrī Mahādeva!
Todas as Glórias à śrī Bhagavan!
Todas as Glórias à śrī Śakti Devī!

Programação Sábado: 

19:00 | Abertura do templo para o ritual 

> Palestra sobre os passatempos de Śrī Śiva e Śrī Pārvatī com Sua Graça Ācārya Mahāsūrya Paṇḍita Svāmī
> Jantar com sopão vegano
> Mantrayoga (Introdução ao Sânscrito aplicado ao Mantrayoga)

23:00 | Satsang Védico com Ayahuasca 
> Abhiṣeka e Pūjā

04:30 | Encerramento do Satsanga e descanso

DOMINGO -

08:00 | Café da Manhã
​09:00 | Aplicação de Kambô*
*Os interessados devem se inscrever no dia*

VALOR
R$120,00

MEDICINA DO KAMBOOs interessados em receber esta medicina devem se inscrever no dia. Esta medicina NÃO está inclusa no valor de energia de troca dos rituais. 
Os valores são cobrados à parte: 
R$ 60,00 (membros avulso)
R$ 120,00 (visitantes avulso)
R$ 60,00 (visitantes e membros pós-ritual)

RECOMENDAÇÕES Antes de frequentar os rituais do Templo, recomendamos que evite consumir carnes e bebidas alcoólicas por um período mínimo 24 horas. Venha com roupas quentes e confortáveis, de preferência roupas brancas, pois na Serra da Cantareira é comum fazer muito frio durante as madrugadas. Para o seu conforto, traga cobertores, colchonetes, barracas de camping (se tiver), sacos de dormir e travesseiros. 
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terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Mahāśivarātrī
 
Mahāśivarātrī é a noite de adoração do Senhor Shiva, que ocorre na 14ª noite de lua nova, durante a noite escura do mês de Phalguna. Cai numa noite sem lua de fevereiro, quando se oferece uma oração especial ao senhor da destruição. O Shivratri ("ratri" em sânscrito significa 'noite') é a noite quando o Tandava Nritya dançou a dança da Criação, preservação e destruição. O festival é observado durante um dia e uma noite.
 
De acordo com os Puranas, durante a grande mítica mistura do oceano, chamado Samudra Manthan, de onde um pote de veneno emergiu do oceano – o que havia horrorizado os deuses e demônios pois tinha o poder de destruir o mundo inteiro.
Quando eles correram para Shiva para pedir ajuda, Shiva bebeu o veneno mortal para proteger o mundo, segurando-o na sua garganta em vez de engoli-lo. Isto se transformou na sua conhecida garganta azul, e desde então ele veio a ser conhecido também como "Nilkantha", aquele possuidor da garganta azul.
O Shivaratri celebra este acontecimento porque Shiva salvou o mundo da destruição.O símbolo que representa Shiva é chamado de Lingam. Normalmente é feito de granito, pedra sabão, quartzo, mármore ou metal.
Se acredita que qualquer um que profere o nome de Shiva durante Shivaratri com devoção pura é libertado de todos seus pecados. E assim, alcançando a morada de Shiva e liberado do ciclo de nascimento e morte.
 
Realizaremos um Pūjā, nesta noite, 13 de Fevereiro,com muito amor cantando os santos nomes do Senhor Śiva. As 19h.