segunda-feira, 25 de junho de 2018

Vôo do Condor / Wachuma e Ayahuasca

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RITUAL DE SAN PEDRO
Templo Polimata Campinas
30.06 / Sexta / 21h


A cerimônia do "Voo do Condor" é realizada por meio da consagração da medicina San Pedro, também conhecido como Wachuma, um cacto originário dos Andes. Haverá juntamente com o San Pedro a medicina da Ayahuasca, chamando as forças das Montanhas e da Floresta. 
Aho Metakiase !

VALOR:
R$ 150,00 (visitantes)
R$ 80,00 (membros)
ANAMNESE 
Para o seu conforto e adiantarmos o processo, pedimos a gentileza de antecipar o preenchimento da Ficha de Anamnese. 
Caso já tenha preenchido a anamnese no sistema do templo, não há necessidade de preencher novamente. 

Link para preencher sua Anamnese: 
http://polimata.nrg.com.br/externo
Senha: campinas

RECOMENDAÇÕES 
Antes de frequentar os rituais do Templo, recomendamos que evite consumir carnes e bebidas alcoólicas por um período de no mímino 24 horas. Venha com roupas quentes e confortáveis, de preferência roupas brancas, pois na serra é comum fazer muito frio durante as madrugadas. Para o seu conforto, traga cobertores, colchonetes de camping ou sacos de dormir e travesseiros. 
Dúvidas Frequentes: www.ordempolimata.com.br/duvidas

LOCAL E INFORMAÇÕES
Templo Polimata Campinas - SP
Rua Amélia Rodrigues de Figueiredo, 850
(antiga rua Peroba pelo Waze)
- Chácara Vale das Garças - Campinas
Telefone do Templo: (19) 3287-1287
(11) 99801-6255 (WhatsAppTemplo Polimata Campinas - SP


terça-feira, 19 de junho de 2018

Vivência do Sagrado Feminino Polimata
29/06 à 01/07- Templo Polimata Mairiporã
 
Os encontros do Sagrado Feminino trarão a oportunidade de nos conectarmos com nosso interior, buscar pelo equilíbrio e por curas que muitas vezes acabamos abrindo mão ou protelando por conta de nossas obrigações.
Será um encontro de amigas, mulheres guerreiras, com muita troca de experiência e conhecimento. Será um momento de resgatar o poder das grandes Deusas que habitam em cada uma de nós.
Nossas vivências serão norteadas pelas Rodas Sagradas muito conhecidas dentro das tradições xamânicas do Caminho Vermelho (xamanismo norte-americano), cujo objetivo é se conectar com as forças de cura, representadas por animais de poder, e os ensinamentos dos 4 Elementos (Fogo, Água, Terra e Ar) e as Direções (Norte, Sul, Leste, Oeste) que formam o todo, a Mãe Terra.

Roda de Miração Especial Noturno

A imagem pode conter: texto e natureza
Convidamos à todos os irmãos de medicina à participarem de nossa Roda de Miração Noturna com Ayahuasca, junto a natureza, com o fogo sagrado, a medicina da sananga e do Rapé e também com os cantos nativos e as músicas do nosso querido Victor Veiga.
Diferente dos rituais tradicionais com Ayahuasca, o foco da Roda de Miração está no exercício visual, no mergulho feito nas mirações que a sagrada medicina nos proporciona.
Guiados pela música, todos os participantes ficam imersos numa egrégora de paz e harmonia que leva a todos muitas vezes a compartilhar da mesma experiência visual.

(VALOR 80,00)
Ou reserve pelo site >>
goo.gl/e73zEx
(PagSeguro ou PayPal)

VALOR MEMBROS: R$ 40,00 (diretamente no templo)

RECOMENDAÇÕES
Antes de frequentar os rituais do Templo, recomendamos que evite consumir carnes e bebidas alcoólicas por um período mínimo 24 horas. Venha com roupas quentes e confortáveis, de preferência roupas brancas, pois é comum fazer muito frio durante as madrugadas. Para o seu conforto, traga cobertores, colchonetes, barracas de camping (se tiver), sacos de dormir e travesseiros.
Dúvidas Frequentes >>
www.ordempolimata.com.br/duvidas

ANAMNESE
Para o seu conforto e adiantarmos o processo, pedimos a gentileza de antecipar o preenchimento da Ficha de Anamnese.
Caso já tenha preenchido a anamnese no sistema do templo, não há necessidade de preencher novamente.

Link para preencher sua Anamnese:
http://polimata.nrg.com.br/externo
Senha: campinas
LOCAL E INFORMAÇÕES
Templo Polimata Campinas - SP
Rua Amélia Rodrigues de Figueiredo, 850
(antiga rua Peroba pelo Waze)
- Chácara Vale das Garças - Campinas
Telefone do Templo: (19) 3287-1287
(11) 99801-6255 (WhatsApp)

Um ritual para o Despertar
 
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Quando vivemos alinhadas com o Sagrado Feminino e com a Mãe Terra, conseguimos resgatar e fortalecer a nossa verdadeira essência. 
Em um mundo em que energia masculina é predominante, sentimos que finalmente chegou o momento de buscarmos pelo equilíbrio de energias e o ponto de partida está em cada uma de nós. 
Ao iniciarmos a nossa transformação interna, esta transformação também irá refletir para o mundo exterior, impactando a todos que nos cercam e consequentemente, o meio em que vivemos. 
Esta vivência também irá ativar a conexão com as energias criadoras que permeiam o universo, trazendo assim, mais forças para enfrentar as batalhas cotidianas e nas realizações em diversos níveis de nossas vidas, - no espiritual, material, físico e emocional. 
Por estarmos conectadas na energia do Xamanismo, as vivências serão realizadas com a consagração da sagrada medicina ayahuasca, para que a experiência seja totalmente imersiva e assim, podendo alcançar níveis mais elevados de consciência
Vivência do Sagrado Feminino
Templo Polímata Mairiporã.

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Sagrado Feminino Polimata MasterClass


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SAGRADO FEMININO POLIMATA
De 29/6 a 1/7 | Templo Polimata Mairiporã


*Devido a inúmeros pedidos de remanejamento de data, mudamos nossa vivência para final de junho. A programação permanecerá a mesma. *

SOBRE A VIVÊNCIA/RETIRO

Vivência do Sagrado Feminino intensivo, diferenciado, com cursos, oficinas e rituais com medicinas (ayahuasca, rapé, sananga, kambo)

​Diferente de outras vivências que acontecem na Busca da Visão Xamânica, o Masterclass tem como objetivo focar na imersão do conhecimento e da aprendizagem. 

A vivência será também um retiro destinado ao autoconhecimento e à conexão com nosso Ser Divino interior. É também um momento de nos reconectarmos com a Mãe Terra, Gaya, Pachamama, Shakti...deusas de diversos panteões para (re)ativarmos o nosso feminino muitas vezes adormecido pelas pressões que sofremos em nosso dia a dia. 

Haverá também um momento dedicado à parte ritualística com a consagração da Ayahuasca, para que nossa energia e campo vibracional possam estar bem elevados e desta forma, facilitando a conexão com as Deusas dos diversos panteões em que o Polimatismo atua. 
 
Mais Informações em:

Templo Polimata / Cadeira de Xamanismo / Caminho Verde
Por Sua Graça Sumo Grão Mestre Polimata Acarya Maha Surya Pandit Swami Arumuya Kane Satanawa Varinawa

Os índios da grande Nação Nawa, hoje separada em mais de 17 etnias, reconhecem qualquer coisa que se coloque nos olhos, no sentido de colírio como Sananga. Porém existe uma medicina especifica utilizada como colírio dentro das culturas indígenas Nawas, em que a etnia Kaxinawa (Huni Kuî) conhece como Mana Heîns, já os Yawanawas em seu dialeto e conhecido como Kanapã Vetxe Shuti.

    O colírio da Sananga medicinal é extraído de uma planta brejeira em forma de arbusto, a Tabernaemontana Sananho, em que um dos princípios ativos encontrados e a Ibogaína. Através de suas raízes que são batidas com água e decocção para extrair suas propriedades. Fale apena relatar a importância da agua usada durante sua produção, infelizmente a maioria da sanangas encontradas pelo mercado foram realizadas com agua de qualidade duvidosa, em especial quando vindo de aldeias indígenas, fale a pena conhecer a sua origem, e em especial também se foi devidamente filtrada.


    Visualmente a sananga varia sua coloração mediante a concentração, agua utilizada e filtragem, variando de um verde escuro meio marron até um amarelo dourado.

    Em sua aplicação ocorre uma ardência que varia entre 3 minutos, mediante a questão clínica do paciente e a frequência que o mesmo utiliza. E com certeza um momento muito especial, afinal com toda a ardência ocorrida neste momento temos a realização de estarmos completamente inseridos neste aqui e agora temporal, que nada mais e importante naquele instante.

    Sua aplicação está voltada em especial a doenças bacterianas existente no globo ocular de forma geral, auxiliando no tratamento ou prevenção de conjuntivite, terçol, irritações nos olhos, catarata, miopia, hipermetropia, astigmatismo, ambliopia, olhos seco, fotofobia, glaucoma, ceratocone, dores de cabeça, catarro derivante de sinusite e renite. Nossa visão fica mais precisa, clara e nítida após a aplicação. Apesar de sua contribuição a sananga não cura problema físicos existente nos olhos.

    Espiritualmente e energeticamente falando ajuda a limpar o canal ocular, contribuindo para a a fluidez da percepção junto ao Chakra Ajna (3º Olho), desta forma aumenta nossa percepção e visão espiritual e sensitiva enquanto médiuns, a comprovação de expansão do campo áureo.

    Algumas tribos das etnias Nawas, utiliza-se da sananga para retirar a chamada Panea, que seria uma forma de energia acumulada negativa que carregamos, normalmente associada ao suco gástrico do estomago, que acumula todo o tipo de bactérias e doenças em suspensão, como também carne ingerida em putrefação, base química de medicamente e todo o tipo de lixo inserido na comida que acreditamos muitas vezes ser saudável, como a questão medical que muitas vezes destrói nossa resistência e saúde.

    Além de sempre esquecida química emocional que somos bombardeados diariamente em nosso dia-a-dia, como nossa relação de vida sedentária, destrutiva a nível de pensamentos e ações, colocando-nos fragilizados a nível espiritual, emocional e físico, desta forma depressivo, estressado, mau humorado, quebrado fisicamente.

    Porém deve aqui relatar que o organismo indígena e mais delicado e possui uma pureza de alimentação, ambiente e qualidade de vida não encontrada dentro dos homens assim ditos civilizados, deste forma retirar a Panea através de sananga se encontra mais qualificada entre indígenas. O homem civilização possuidor de uma química ficológica moderna, necessita de outras medicinas e estímulos mais objetivos para alcançar a limpeza da panea realmente.

    O fato de a Ibogaína ser um dos princípios ativos encontrados na sananga, sendo um principio ativo que provoca experiência psicoativa, pode provocar em algumas pessoas transes e rapidas visões, chamadas de mirações por algumas tradições ayahuasqueiras. Além do mais a Ibogaína auxilia no tratamento de dores crônicas e um forte estimulante afrodisíaco, trazendo uma facilitação de processo meditativos e de introspecção.

 
  Os índios também usam a sananga quando saem para caçar, pois auxilia em muito a percepção e nitidez dentro da floresta. Através de sua aplicação podemos relatar a melhor percepção das texturas visuais, profundidade, cores mais vivas o que auxilia o caçador em sua busca visual dentro da floresta em busca da presa.

    Acredita-se que exista uma relação indireta da sananga com o auxilio em algumas doenças psicossomáticas, sendo os olhos nossas janelas para a percepção deste mundo e a nossa necessidade de ver nosso inimigo para podermos assim empreender nossa luta, e natural que esta medicina nos auxilia na percepção do mundo em nossa volta trazendo realização a nível espiritual, emocional e físico.

    O espirito da sananga que é um shanovo (espirito da floresta) tem como processo de medicina o refinamento da visão espiritual, assim para que possamos enxergar a verdade que se encontra a nossa volta e muitas vezes nossa cegueira pessoal e limitante não os permite visualizar e deslumbrar a beleza que existe a nossa volta.


Indicação
Doenças bacterianas existente no globo ocular de forma geral, auxiliando no tratamento ou prevenção de conjuntivite, terçol, irritações nos olhos, catarata, miopia, hipermetropia, astigmatismo, ambliopia, olhos seco, fotofobia, glaucoma, ceratocone, dores de cabeça, catarro derivante de sinusite e renite.

Aplicação
2 à 3 gotas a cada olho
Atenção para não esfregar as mão nos olhos devido ao ardência, pois não ira auxiliar, pelo 
contrário provocara mais ardência.

 
Contraindicação
Não devemos utilizar sananga após cirurgias oculares ou em caso de ferimentos ocorridos.

Ritual de Uni / Xamanismo com Ayahuasca

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RITUAL DE UNI
Templo Polimata Campinas
16 de Junho de 2018
Ritual realizado dentro das tradições índigenas das Nações Nawas, com a medicina do rapé, da sananga e a bebida sagrada Uni (ayahuasca), chamando as forças dos arumuyas, pajés, ushanovos e yuxins ancestrais das Nações Nawas do Acre. 

PROGRAMAÇÃO | SÁBADO

19:00 | Recepção para o ritual 

*Roda de Rapés e Sananga
*Roda de Canções Indigenas Ancestrais
*Jantar com Sopão Vegetariano
*Ritual de Uni Ayahuasca

03:30 | Encerramento e descanso

DOMINGO | 06 de Maio
08:00 | Café da Manhã
​09:00 | Aplicação de Kambô
Os interessados devem se inscrever no dia

VALOR: 
R$ 120,00 (visitantes) 
R$ 60,00 (membros) 
FAÇA A SUA INCRIÇÃO ANTECIPADA - VAGAS LIMITADAS!
INSCREVA-SE >> goo.gl/9K8kWd

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Satsaṅga com Ayahuasca à Śrī Gaṅgādevī e Nārada Muni

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Satsaṅga à Śrī Gaṅgādevī e Nārada Muni
Templo Polimata Campinas
Sábado | 09.06 | 19h


Todas as Glórias à śrī Guru Mahārāja Ācārya Mahāsūrya Paṇḍita Svāmī!
Todas as Glórias à śrī Mahādeva!
Todas as Glórias à śrī Bhagavan!
Todas as Glórias à śrī Śakti Devī!
Todas as Glórias à śrī śrī Gaṅgādevī!

Neste mês de junho, no Templo Polimata, celebraremos a enaltecedora Gaṅgā Daśaharā em nosso satsaṅga. Trata-se do festival de celebração da descida de śrī Gaṅgā, a Senhora da Purificação, à Terra.

A Gaṅgā Daśaharā é celebrada por toda a Índia, entre os meses de maio e junho, enaltecendo a manifestação da Mãe Tripathagādevī (“a deusa que atravessa os três mundos – causal, espiritual e material) em nosso planeta, que desce do plano celestial aos cabelos de śrī Śiva, atendendo a um profundo clamor de misericórdia, realizado pelo Rei Bhagīratha.

PROGRAMAÇÃO

Sábado

19:00 | Abertura do templo para o ritual
20:00 | ​Jantar com sopa vegana
21:00 | Palestra sobre ayahuasca
*Aula de Mantrayoga (Introdução ao Sânscrito aplicado ao Mantrayoga)
*Palestra com Sua Graça Ācārya Mahāsūrya Paṇḍita Svāmī referente aos passatempos da Deidade do ritual do dia
23:00 | Satsaṅga com Ayahuasca, que conta com os rituais Aṣṭottaraśatanāmāvaḷiḥ, Abhiṣeka e Pūjā​
03:30 | Encerramento do Satsaṅga e descanso

Domingo

08:00 | Café da Manhã
08:30 | Aplicação de Kambô

VALOR
R$120,00 (Visitante)
Reserve sua vaga >> goo.gl/kexiox
R$ 60,00 (Membro IP)

Mais Informações:
LOCAL E INFORMAÇÕES
Templo Polimata Campinas - SP
Rua Amélia Rodrigues de Figueiredo, 850
(antiga rua Peroba pelo Waze)
- Chácara Vale das Garças - Campinas
Telefone do Templo: (19) 3287-1287
(11) 99801-6255 (WhatsApp)

 

sábado, 2 de junho de 2018

A LENDA DE OBALUAÊ

Conta-nos o itan mais famoso de Obaluaê, em uma de suas versões, que Nanã estava ávida para gerar um filho. Dessa forma, para realizar seu intento, enfeitiçou Oxalá para que este se deitasse com ela e pudesse engravidá-la, realizando seu desejo. Ocorreu, porém, que sua mironga não passou desapercebida durante a concepção e Nanã, ao dar a luz ao filho gerado, se deparou com um bebê coberto por chagas e feridas repugnantes. Arrependida, resolveu abandoná-lo na beira da praia, local onde Yemanjá posteriormente o encontrou. Compadecida e maternal, a Sereia cuidou do garoto até que Obaluaê crescesse.

 


Um belo dia, em uma festa onde todos os orixás se encontravam presentes, Ogum notou que Obaluaê apenas espreitava as festividades pelo lado de fora, envergonhado de sua aparência doente e purulenta. O cavaleiro, então penalizado pelo isolamento do orixá, vai buscar palhas para cobrir seu corpo. Obaluae aceita então participar da dança dos orixás com a condição de as palhas esconderem seu real aspecto, conseguindo assim entrar no baile. Todos os orixás sabiam de sua condição, de modo que também não se aproximavam, com exceção de uma Yabá.

Iansã, Senhora dos Ventos e muito impetuosa, ao compreender o que se passava, tirou o orixá para dançar e o colocou no meio de um vendaval, fazendo com que todas as palhas que cobriam seu corpo voassem pelo salão e suas feridas se descolassem de seu corpo, transformando-as em pipocas que caíam por cima de todos.

Ao ficar descoberto e totalmente curado de sua condição, descobriu-se por fim que Obaluaê era extremamente bonito e encantador, sendo, na verdade, o mais bonito de todos os orixás. Em sua infinita humildade, Obaluaê recolheu novamente suas palhas para se recobrir, escondendo sua beleza do mundo para  ser reconhecido apenas como curador.

 

A lenda de Obaluaê é uma das mais bonitas lições que os orixás vêm nos ensinar e está recheada de alusões. A atitude inicial de Nanã e o nascimento de seu filho doente já nos demonstra que toda ação kármica gera um fruto podre, assim como sua atitude egoísta gerou um bebê doente. Ela ainda representa, nesse itan, nosso aspecto psicológico de rejeição das nossas sombras e das consequências dos nossos plantios como seres que resolvem, por vezes, rejeitar a maternidade de tudo aquilo que fizemos e acreditamos ser feio. Isso não significa, no entanto, que tudo está perdido. Não à toa, Nanã abandona seu filho na beira do mar, isso é, aos pés da Mãe Divina, que sabe cuidar de aspectos que nós ainda não temos nem condição de aceitar. Também, não é por acaso que Obaluaê se deixa ser visto por Ogum, o vencedor de todas as demandas. Em sua imensa misericórdia, ele o coloca próximo aos orixás sem que haja uma exposição dolorosa de seus defeitos ou humilhação, nos ensinando que o intuito do Pai Divino, nesse momento em forma de Ogum, não é nos ridicularizar mas, sim, nos acolher e nos aceitar do modo que nos apresentamos, ainda que no baile todos soubessem do real motivo que escondia Obaluae debaixo das palhas. Quantas vezes nós também nos apresentamos no bailado da vida com máscaras para esconder quem verdadeiramente somos? Inicialmente, esse é o sentido das palhas que mais tarde se tornarão a caracteristica física mais conhecida do orixá.

 



Iansã, por sua vez, aparece aqui como mais um aspecto da Mãe Divina, dessa vez  como vendaval de Axé, sendo como o caminhar espiritual que pode, por vezes, expor nossas falhas e defeitos e derrubar nossas máscaras mas que, ao final, existe para revelar nossa verdadeira beleza e nos trazer a mais completa cura. A atitude final de Obaluaê revela o mais alto grau de iluminação do curador, aquele que abre mão de seu ego para exercer compaixão perante às chagas alheias. As palhas aqui representam agora a humildade de quem alcançou uma compreensão plena de sua missão enquanto médico espiritual. Por sua humildade, está diretamente ligado à linha de pretos velhos dentro da umbanda, conhecidos por serem também exímios curadores e seres de muita luz e alto grau de evolução. As pipocas, por fim, nos remetem ao processo de transformação revelado pelo fogo, que gera a pipoca através do estouro do milho, assim como a doença gera cura e a dor vira luz pelo fogo divino.



 Dentro do polimatismo, Obaluae pode, em sua vibração, trabalhar em tudo aquilo que se considera doença e precisa do reestabelecimento de um estado curado. Mas, afinal, o que é cura e saúde? Existem inúmeros conceitos diferentes do que são essas condições. Para os pajés, por exemplo, toda doença é um espírito e, para curar, é necessário tirar esse espírito. Para a ayurveda, a medicina indiana tradicional, a ausência de doenças ainda não é significado de saúde, necessitando que haja algo além disso, como equilibrio, bem estar e até mesmo fé e conexão espiritual. A OMS também entende dessa forma, trazendo esse conceito como  "um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade." 

Sendo assim, podemos buscar dentro da nossa evolução, com o auxílio misericordioso de Obaluaê em sua simplicidade e humildade, a cura de nossas doenças e o reestabelecimento de nossa saúde e todas as nuances que esse estado engloba.  Para isso, faz-se necessário ir muito além da compreensão de cura como mera questão de retirada de causas e sintomas. A vibração desse orixá pode nos auxiliar no reestabelecimento da saúde como um estado natural de equílbrio e bem viver através da superação das nossas limitações egóicas para que as doenças não surjam e também não retornem. Atoto!

 

REFERÊNCIAS